Sema e Inema participam de reunião sobre o projeto de implantação do Hidrogênio Verde na Bahia

A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) marcaram presença na tarde desta sexta-feira (3), no Senai Cimatec, na reunião de apresentação da conclusão dos trabalhos sobre o projeto Mapa H2V (hidrogênio verde), considerado o combustível e o insumo químico do futuro por não ser um agente poluente. O projeto visa balizar o atlas sobre o tema na Bahia.

Estiveram presentes o secretário da Sema, Eduardo Martins Sodré, o titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI), André Joazeiro, o consultor da Diretoria de Operações, Walter Pinheiro, além de técnicos das secretarias e do Senai Cimatec.

O Plano para a Economia do Hidrogênio Verde foi instituído na Bahia por meio do decreto nº 21.200, do Diário Oficial do Estado de 03 de março de 2022 e objetiva promover, fortalecer e consolidar a produção e o uso do hidrogênio verde (H₂V), além de impulsionar pesquisas científico-tecnológicas sobre o tema.

Empolgado com os avanços do projeto, o secretário Eduardo Sodré Martins, comentou que a Bahia vem dando um grande passo para a implementação da Política Estadual do Hidrogênio Verde. “Esta etapa garante colocar o estado na vanguarda dos investimentos que permitirão substituir combustíveis fósseis por energias renováveis. Além de dar um foco especial nas questões ambientais e sociais”, disse o gestor.

Ainda segundo Sodré Martins, quando é apresentada uma inovação, esta reflete na questão social. “Esse potencial que a Bahia tem, eólica e solar, fez com que colocássemos o hidrogênio verde como pauta para avançar nessa questão das energias renováveis na Bahia. Obtido a partir de fontes renováveis, como eólica e solar, em um processo no qual não há emissão de carbono, esse combustível pode ser largamente utilizado em vários setores da atividade econômica, incluindo mineração e transportes”, concluiu.

O que é Hidrogênio Verde – O hidrogênio verde é uma fonte de alta densidade energética e de carbono nulo, produzido a partir de fontes renováveis: eólica, solar, hidráulica, biomassa ou biogás. De acordo com as projeções da Agência Internacional para as Energias Renováveis – Irena, feitas em 2019, a fonte poderá representar 18% de toda energia consumida globalmente e se tornará competitivo, em relação ao de origem fóssil, antes de 2025.

Um dos meios para a produção do hidrogênio verde é a eletrólise, processo químico que quebra as moléculas da água em hidrogênio e oxigênio através da eletricidade, sem emitir dióxido de carbono na atmosfera. Após a separação, o gás está pronto para ser distribuído para as indústrias. Outro processo que pode ser utilizado é a gaseificação e reforma da biomassa com captura de dióxido de carbono (CO2), o que permite a produção dos e-combustíveis, sintéticos renováveis.